Quem lê meu bolg deve saber da minha missão e do meu marido nos cuidados com nosso filho. Egravidamos eu e meu marido com 30 e 31 anos respectivamente. Minha gravidez foi excelente! Um período de alegria e tranquilidade em nossas vidas. João nasceu com refluxo e sofremos muito pois ele tinha todos os sintomas e bem acentuados. Ficou desnutrido aos 3 meses pois vomitava muito. Fizemos o tratamento com uma equipe multidisciplinar do Hospital das Clínicas. Com sete meses ficou curado, ganhou peso e se tornou um bebezão forte, alegre e saudável.
Aos 2 anos foi para a escola e se adaptou bem, sem grandes problemas. Quando completou 4 anos o refluxo voltou com força total. Mesmo tendo todos os cuidados e seguindo as recomendações médicas. Nesse período parou de ganhar peso e ficou abaixo da curva de peso idel para crianças de sua idade. Fomos a muuuitos médicos, investigamos e fizemos inúmeros exames o que causou uma rejeição por parte dele aos consultórios, exames e médicos.
Dos muitos exames que fez, inclusive endoscopia, nenhum detectou intolerância ou alergia alimentar como temiamos. Procuramos um médico super renomado e experiente e muito caro. Atualmente é quem trata ele. Se utilizando do puericulturismo prescreveu uma dieta e um tratamento a base de misturas com produtos naturais para João. O vômito melhorou muito assim como a irritabilidade, mal humor, apetite, dores abdominais.
Porém, a ida a vários médicos, a realização de inúmeros exames, o mal estar, os vômitos, minhas viagens para trabalhar mexeram com seu estado emocional. Passou a ficar muito apegado a mim, brincar menos com as outras crianças, não aceitar ser contrariado, não querer ir para a escola, fazer xixi toda hora apresentando uma quadro de ansiedade e rejeição a todas as situações novas. Todos os dias pela manhã tornaram-se verdadeiros suplicios pra nós e para ele pois a ida para a escola era muito sofrida.
Claro que nesse percurso, por conta de todo o processo que ele vivenciou passamos a compensa-lo com presentes, vontades, mimos; o que colaborou para que desenvolvesse o tipo de comportamento citado acima. Por outro lado, sempre mostrou ser uma crinaça muito inteligente, comunicatica, com excelente expressão e compreensão. Logo, toda a situação foi ficando cada vez mais complexa e chegamos à conclusão de que não dávamos conta sozinhos.
Procuramos apoio psicológico. A especialista nos disse que é uma criança que precisa de acompanhamento para que não se torne um adulto com problemaas sérios e para que seja feliz e aproveite as fases da vida. Pra começar nos recomendou a mudança de escola. A que ele estudava tinha uma abordagem predimonantemente tradicional. Nos aconselhou uma escola com uma abordagem construtivista, mas leve, com maior trabalho de acolhimento, onde os professores acompanhassem os alunos mais de perto, com um trabalho que utilizasse linguagens artísticas variadas (artes pláticas, poesia, música, teatro), uma abordagem que tratasse a questão da socialização com mais atenção. Enfim, nos deu nome de 4 escolas. Dentre as 4 apontou a que melhor lhe parecia.
Assim fizemos. Dentre as 4, fomos conhecer 3 e a que melhor nos pareceu foi a que ela indicou em primeiro lugar. Detalhe, pediatra particular (super caro), psicologa infantil por recomendação de pessoas da área (super caro) e escola nova (cariiiiiiiiiiiiiissima)!! Ele já tinha começado a ano letivo na escola antiga e já tinhamos comprado todo o material, fardamento, livros, etc.
Nessa última sexta foi o primeiro dia na escola nova. Chegamos lá e eu com o coração nas mãos esperando a reação do meu pequeno. Resultado: ELE AMOU!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Falou bastante, participou, correu, interagiu e no fim da manhã disse que queria voltar no dia seguinte. Que alívio nesse meu coração de mãe!!!! Mesmo sabendo que pode ser a euforia da novidade. Nessa escola não se adota farda. Os alunos vão com suas proprias roupas e calçados. Durante a aula podem ficar descalços, sem camisa. As professoras interagem em todas as atividades. Não ficam somente na condição de adulto, brincam mesmo junto com as criaças. Ou seja, entendo que incorporam a linguagem infatil que é a brincadeira.
Ele está animadíssimo. Disse que quer voltar e está me chamando para fazer a tarefinha de casa que tem um formato totalmente diferente e mais significativo para ele. Vamos seguir firme e fazermos o melhor que pudermos Queremos ver o nosso pequeno feliz. Ser mãe é uma verdadeira missão. Amanhã voltaremos a escola e vamos ver como ele se comportará.
Nenhum comentário:
Postar um comentário